Manu Rocha é escritora, poeta e multiartista brasileira, nascida em Campos dos Goytacazes (RJ), em 1994. Formada em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense – Campos e mestranda em Políticas Sociais pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, pesquisa as relações entre arte, meio ambiente e memória, com foco no artivismo como prática de resistência e criação de novos imaginários diante da crise climática.

 

A PELE DE OLÍVIA

 

Em meio aos rios coloridos e às cicatrizes da terra e da alma, nasce Olívia Cândida — uma menina deixada em uma cesta de palha, marcada por traços misteriosos na pele e por uma sensibilidade que a conecta ao mundo invisível. Criada por Eva e Alfredo, costureira e pianista de uma cidade chamada Casimira de Tainã, Olívia cresce entre doces artesanais, brincadeiras com a lua e o afeto do vira-lata Senhor Bonito, enquanto enfrenta o preconceito e a dor de não saber sua origem.


A narrativa se desdobra como um poema em prosa, onde a infância é atravessada por descobertas mágicas, encontros com seres encantados — como Toninho Serafim, o homem-peixe — e reflexões sobre identidade, ancestralidade e pertencimento. Entre os fios da memória e os tecidos da história, Olívia busca compreender o mapa que se desenha em sua pele, enquanto o mundo ao redor pulsa com os ecos de um passado colonial, as vozes dos povos autóctones de Keiporã e os cantos de resistência.


A Pele de Olívia é uma ode à diversidade, à força dos afetos e à beleza das cicatrizes que nos tornam únicos. Um romance lírico e sensorial que celebra o poder da imaginação, da música e da terra como espaços de cura e renascimento.