Marcelo T. Biguá nasceu na capital paulista, é Engenheiro Mecânico pela UNESP Bauru. Especializou-se na área de TI, na qual atua profissionalmente. Recentemente graduado em Liberal Arts no estado de Michigan, continua estudos de graduação em Antropologia. É pai de um adolescente de 15 anos e já morou na Alemanha, Cingapura, Japão e EUA. O dilema de Orfeu é seu primeiro livro publicado.
O dilema de Orfeu conta a história de um jovem em busca da realização do sonho de se tornar artista enquanto lida com suas obrigações profissionais e sociais. Este romance, recheado com referências musicais, traz também a descoberta de sua paixão pelo violão, o aprendizado com seus primeiros mestres da música e suas experiências de vida em todos os âmbitos: familiar, amoroso e profissional.
Em março de 2020, nos deparamos com uma nova realidade imposta à sociedade onde seguramente podemos afirmar ter sido algo único e singular em nossas gerações. A COVID-19, nos apresentou um novo cenário onde não havia opções senão nos adaptarmos. O distanciamento familiar forçado nos obrigou a criarmos formas de interação e convívio. Na minha família não foi diferente. Porém, uma experiência positiva daquele momento, foi um desafio (com uma certa competição) que meu filho me trouxe: escrevermos ambos um livro e ver quem terminasse primeiro.
Nesta aposta, onde um motivava o outro, se por um lado me fez reviver histórias da minha existência septuagenária, por outro, o encorajava a colocar por escrito as suas experiências mundo afora, pois morou em diversos países e visitou outros tantos, de onde vivenciou costumes além de ter a oportunidade de comparar hábitos desses lugares com o modo de viver do seu país de origem. Ao final, o Marcelo tomou a dianteira e tem aqui a sua obra já finalizada. Se antes do processo editorial, tive a honra de ser seu primeiro leitor, me envaidece e orgulha agora, o ensejo de colocar minhas impressões aqui aos seus futuros leitores.
O dilema de Orfeu nos brinda com uma realidade ficcional, onde aborda a vida simples e a pacatez de um vilarejo que se contrapõe a agitação da cidade grande — ou metrópole — e a consequente relativização do ser humano neste ambiente. São situações e realidades que Marcelo certamente presenciou, por sua experiência de estar longe da família, de cuidar de si próprio e de descobrir e aprofundar suas preferências culturais.
Esse panorama contextualizado na ficção, onde os personagens (muitos reais) e sistemas tecnológicos da época são descritos em linguagem apropriada trazendo ao leitor uma certa nostalgia, identificação e reconhecimento, motivando-o a interagir como se fosse a sua história. Por outro lado, pode ainda ser considerada uma obra atemporal, uma vez que procura retratar sentimentos comuns de angústia e solidão, enfrentados pelas pessoas durante o processo que culmina com a realização dos sonhos e o reconhecimento em seu meio, do caminho percorrido.
O livro faz também uma analogia ao personagem mitológico grego Orfeu, que fascinava as pessoas e a natureza geral com a sua música o e a sua profunda paixão por Eurídice. Esta situação está incorporada ao enredo da obra, onde o desenvolvimento musical é também o sonho de realização do seu personagem principal.
Na esteira da trama mostrada em O dilema de Orfeu, pode-se encontrar, ao lado da mensagem para a realização dos sonhos, um cenário quase subliminar, que procura mostrar a capacidade de se auto motivar para perseguir objetivos, independentemente do nível de dificuldade que alguém possa encontrar. Confira através da leitura!.